quarta-feira, 29 de julho de 2015

Breve Resumo do Problema Abordado


Os avanços tecnológicos vêm ocasionando transformações de ordens sociais e educacionais. No ensino superior, o Censo da Educação Superior [1] confirma a expansão de matriculas em cursos tecnológicos. Este crescimento deve-se a questões como a necessidade do mercado por profissionais da área de tecnologia e por ações do governo na formação de recursos humanos nas áreas de ciências naturais e engenharia. Expressão recente dessa preocupação é o programa Ciência Sem Fronteiras [2] que privilegia as ciências exatas e biológicas, bem como a tecnologia.

Ainda considerando [1], percebe-se a predominância do sexo feminino no contexto geral da educação superior. No entanto apesar desta predominância e dos investimentos e incentivos em áreas como ciências, tecnologias, engenharias e matemáticas, a procura dessas carreiras por mulheres ainda é bem menor que por homens. 

De acordo com [4], em 1995, de cada 100 pesquisadores apenas 39 eram do sexo feminino. O censo do CNPq de 2010 mostra que esta realidade mudou e que agora o número de mulheres cientistas quase se iguala ao de homens. Apesar do avanço expressivo, a desigualdade ainda prevalece nas áreas de exatas.


A demanda por profissionais de Tecnologia da Informação é crescente. No entanto, as taxas de evasão em tais cursos estão entre as maiores. Em geral, fatores como formação básica de baixa qualidade, falta de condições financeiras para continuar os estudos, mudança de residência, desconhecimento do curso e os altos índices de reprovações em disciplinas básicas, principalmente as que envolvem programação, são os responsáveis pela desistência ou troca de curso. 

Percebe-se então que a disciplina de programação esta presente em qualquer curso de graduação ou técnico em áreas ligadas às ciências exatas e a computação.

Esta disciplina aborda princípios da lógica de programação com o objetivo proporcionar ao aluno a capacidade de analise e resolução de problemas na forma de algoritmos, e o desenvolvimento da habilidade de raciocínio lógico e matemático. Por ter altos índices de evasão e reprovação, esta disciplina vem sendo um dos gargalos nos cursos de exatas e de computação, dificultando ou até mesmo impedindo a continuidade dos alunos no curso.

Entre os vários motivos citados como geradores deste problema estão: a dificuldade que os alunos encontram para desenvolver programas/algoritmos necessários para a  experimentação/simulação, dificuldades relacionadas à configuração do ambiente e, problemas de sintaxe e compilação.

Diversas iniciativas vêm sendo realizadas com o intuito de estimular nos jovens a procura por cursos na área de computação, evitando-se, assim, as altas taxas de evasão nestes cursos decorrente das dificuldades encontrada pelos estudantes nas disciplinas de programação. Dentre as quais, a oferta de cursos de programação aos alunos do ensino médio. 

Considerando este cenário, este projeto visa motivar alunas do ensino médio para o curso de Engenharia da Computação da Faculdade de Sistemas de Informação do Campus Universitário de Castanhal da Universidade Federal do Pará. A ideia do projeto é introduzir noções de algoritmos e lógica de programação a alunas do ensino médio utilizando o ambiente de programação visual Alice [6].

Desta forma, busca-se contribuir com a redução das dificuldades encontradas pelas alunas ingressas do curso de Engenharia da Computação em disciplinas que envolvam conceitos de algoritmos e lógica de programação, ao mesmo tempo em que se busca atrair jovens para a carreira de Engenharia da Computação. 



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